8 passos para ter um orçamento familiar que funciona

O que você verá neste artigo:
“A parte mais sensível do corpo humano é o bolso”. Essa popular frase diz muito sobre o impacto que o dinheiro tem na vida das pessoas.
Esse impacto é aumentado quando o dinheiro envolve o núcleo familiar. Independentemente da composição de uma família, todos os seus integrantes possuem objetivos e geram despesas.
Para que estas despesas não impossibilitem o alcance dos objetivos, é imprescindível ir além do orçamento pessoal e ter um orçamento familiar bem planejado. Quer saber como fazer o seu? Então continue a leitura!
O que é orçamento familiar?
O orçamento familiar é uma ferramenta que inclui todas as receitas, despesas das mais diversas categorias e investimentos dos integrantes de uma família.
Exemplo de receitas: salários, PLR, recebimento de aluguel, dividendos de investimentos, pensões e rendas extras.
Exemplo de categorias de despesas: moradia, alimentação, vestuário, transporte, educação, impostos, cuidados pessoais, saúde e lazer.
No que diz respeito aos investimentos, é fundamental registrar qual valor será investido e o saldo das reservas atuais.
Orçamento familiar x orçamento pessoal: qual é a diferença?
O orçamento pessoal diz respeito às finanças de apenas uma pessoa, que toma as decisões financeiras sem considerar influências externas.
Já o orçamento familiar contempla as entradas e saídas da casa e envolve toda a família. Essa ferramenta serve para que a família tenha um futuro financeiro mais tranquilo e estável.
Ao olhar para as finanças da casa como um todo, é possível planejar os gastos com educação dos filhos, a compra de um novo imóvel, a troca do carro, viajar todo ano com a família e muito mais. Caso isso não seja feito, o desequilíbrio financeiro fica cada vez mais intenso e as brigas familiares podem, inclusive, destruir os relacionamentos.
Como elaborar um orçamento familiar
O objetivo do orçamento familiar é proporcionar uma visão geral das finanças de forma mais organizada possível – e isso é muito mais simples do que parece.
1. Anote as entradas
Um dos maiores erros cometidos durante a elaboração de seu orçamento familiar é começar a organização anotando os gastos.
O ideal é se orientar pelas rendas, não pelos gastos. Ao fazer o contrário, você programa sua mente para priorizar gastar o dinheiro ao invés de ganhá-lo.
Você pode registrar os salários brutos da casa e inserir todos os descontos para saber exatamente quanto está pagando nos itens da folha de pagamento. Também é possível inserir os benefícios e outras entradas que os membros da família possuem.
Outra forma é inserir apenas a remuneração líquida e as rendas extras. As duas formas podem funcionar, o ideal é encontrar o que funciona melhor para a família.
2. Defina um valor para investir
Não, ainda não chegamos na parte dos gastos. Após entender as entradas e determinar a renda total da casa, é imprescindível definir quanto será poupado por mês para o alcance dos objetivos financeiros da família.
3. Registre os gastos
Os gastos da família precisam se adequar à renda e aos investimentos, não o contrário. Separe as faturas e extratos do último mês e liste as despesas por categoria. Para complementar, você pode adicionar quem arcou com os gastos e o método de pagamento.
Esse registro pode ser feito de forma manual ou automatizada. Graças ao avanço do Open Finance, tecnologia que permite ao usuário controlar quais de seus dados podem ser compartilhados entre instituições financeiras, é possível sincronizar diversas contas em um aplicativo de controle de custos.
Para entender como categorização de dados funciona no Open Finance, leia o artigo completo da Pluggy, empresa especialista nesta tecnologia, através do link abaixo.
>> Como a categorização de dados funciona no Open Finance
4. Estabeleça as metas
Um orçamento, por definição, precisa ter metas. Sem elas, a ferramenta se torna apenas um registro de gastos passados que não podem ser alterados.
O orçamento familiar precisa ser a base para a tomada de decisões financeiras da família. Após registrar seus gastos, faça uma média e reflita sobre ela: esse valor está adequado ou não? Com isso, você poderá estabelecer metas realistas e terá um norte para saber quanto pode gastar em cada categoria – e sem culpa ou discussões desnecessárias!
5. Disponibilize o orçamento para todos
É importante que todos os membros da família tenham acesso ao orçamento familiar. Por isso, é importante pensar em uma ferramenta compartilhável para montá-lo, como uma planilha, e definir reuniões familiares para a atualização dos gastos em relação às metas ao longo do mês.
Caso os integrantes prefiram fazer o orçamento em meios não compartilháveis como, por exemplo, aplicativos de controle orçamentário, é fundamental que todos estejam com seus controles atualizados para a reunião financeira da família.
6. Defina a frequência de atualização
O orçamento familiar perde o sentido se for utilizado apenas como registro de gastos. Para que ele seja usado ao longo do mês como base para a tomada de decisão, é fundamental alimentá-lo com dados, no mínimo, a cada 15 dias.
Essa atualização é quem dará a resposta para perguntas como:
- “Podemos sair para comer no lugar X?”
- “Posso comprar essa blusa?”
- “Conseguimos fazer uma viagem nesse final de semana?”
A ideia principal é comparar os gastos do mês versus a meta para entender o quanto ainda é possível gastar sem afetar a boa saúde financeira da família.
7. Inclua os filhos no processo
“Dinheiro não dá em árvore”
“Pensa que eu sou caixa eletrônico?”
“Não sou sócia da empresa de energia elétrica”
Essas são algumas frases ditas quando existe dificuldade em ensinar o valor do dinheiro aos filhos. Para que as crianças aprendam a valorizar o orçamento familiar e desenvolvam uma mentalidade investidora, é fundamental ensinar através do exemplo.
Não falar mal de pessoas que têm dinheiro, não compartilhar crenças negativas sobre riqueza, falar sobre as finanças da casa com leveza e inserir as reuniões sobre orçamento familiar na rotina da família são bons exemplos que os pais podem dar. A partir disso, será natural que a criança veja esses bons hábitos como algo normal e desenvolva uma relação saudável com o dinheiro.
Vale ressaltar que, à medida em que crescerem e definirem objetivos próprios, é importante que os filhos participem ativamente das reuniões de orçamento familiar.
8. Estabeleça a divisão de despesas
Esse é um dos passos mais importantes de um orçamento bem sucedido: definir quem irá pagar o que e quanto.
Essa divisão pode ser feitas das seguintes formas:
- Divisão por categorias de gastos: uma pessoa arca com os custos de moradia e outra com os custos de lazer, por exemplo;
- Divisão por tipo de despesa: uma pessoa arca com as despesas fixas e outra com as variáveis;
- Divisão de acordo com a renda: quem tem o salário maior arca com as contas mais caras e quem tem a remuneração menor arca com custos mais baixos;
- Divisão igualitária: independentemente da renda, cada um arca com 50% dos custos;
- Divisão proporcional: a renda total da casa é somada e as contas são pagas de acordo com a porcentagem que cada renda representa do total.
A escolha de como as despesas serão divididas é extremamente pessoal, porém vale ressaltar que, em uma divisão saudável, todos os membros conseguem poupar, sem ficar no limite da renda.
Se as rendas forem diferentes, não é sustentável utilizar a divisão igualitária, por exemplo, uma vez que quem ganha mais será amplamente beneficiado e quem ganha menos pode ser prejudicado.
O que fazer com o dinheiro economizado?
Um dos grandes propósitos do orçamento familiar é assegurar que todos os membros da casa possam investir para concretizar objetivos financeiros. Para saber como definir os seus, acesse nosso artigo completo sobre o tema.
>> Objetivos financeiros: saiba como alcançar os seus!
Independentemente dos objetivos que serão definidos, é fundamental que todos possuam uma reserva financeira para emergências. Esse é o único investimento capaz de manter o orçamento familiar funcionando caso haja gastos imprevistos.
Antes de definir quais investimentos são os mais adequados para cada objetivo, é fundamental considerar outros aspectos da vida financeira como, por exemplo:
- Sucessão dos bens para os filhos
- Estratégias de aquisição de bens para trocar de carro ou adquirir um imóvel
- Proteção da força de trabalho para manutenção da renda
- Planejamento tributário para declaração do Imposto de Renda
- Proteção patrimonial
A única forma de alinhar todos os pontos necessários para ter uma vida financeira equilibrada e ir além de ter apenas um bom orçamento familiar é possuir um planejamento financeiro pessoal feito sob medida.
Para saber como ir além e ter acesso a um planejamento exclusivo que atenda suas necessidades, fale com um dos especialistas da W1 Consultoria Financeira e agende sua análise financeira gratuita!